As redes sociais de nicho tem marcado presença no Startup Makers Camp, área pública e gratuita, reservada para que empresas recém criadas ou ainda em fase de desenvolvimento mostrem seus projetos aos visitantes e a possíveis investidores. Jovens de todo o Brasil trouxeram suas ideias para compartilhar em estandes montados especialmente para as startups. De hora em hora, acontecem palestras dos fundadores no palco do pavilhão, o que tem despertado interesse de quem gosta de novidade. Acompanhe a cobertura completa da Campus Party no TechTudo Se diferenciando de outros sites de relacionamento, o objetivo das novas redes sociais é focar em um público menor, porém mais dedicado aos assuntos tratados na rede e obter sucesso com um conteúdo diferenciado. "Redes sociais novas e genéricas não geram tanto engajamento. Ao focar em um nicho específico tivemos maior apelo e engajamento dos usuários", explica Afrânio Sobrinho, um dos fundadores da rede móvel Fashion85. Veja, abaixo, algumas das novas redes sociais que estão fazendo sucesso na Campus Party: Fashion85 O Fashion85 é uma rede social para iOS (iPhone) que permite que fãs de moda publiquem fotos de seus looks diários, maquiagens, objetos de desejo e outros artigos fashion para coletar opiniões sobre combinações, compras ou melhores maneiras de uso. A ideia é fazer uma pré-seleção do que usar e adquirir por meio de um feedback virtual dos participantes da rede que incluem estilistas, blogueiras de moda e outros profissionais e fãs da área. Dupla do Fashion85 é de Fortaleza, Ceará, e investiu em moda para inovar (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Um bom uso do Fashion85 é, antes se produzir para a festa, publicar fotos de vários looks pra que os seus contatos possam opinar, curtir ou não curtir o visual e dar dicas de como melhorá-lo nos comentários. Algumas fotos chegam a ter mais de 300 feedbacks. Segundo Carlos Torres, responsável pela tecnologia do aplicativo, os planos para 2014 são: criar uma edição internacional, já que a atual está totalmente em português e a versão Android. Designoteca.com Com foco nos usuários desktop, a Designoteca é uma rede social/e-commerce que pretende unir interessados em produtos de design e criadores de projetos virtuais para impressão 3D, ilustrações, móveis, objetos de decoração e outras ideias em uma plataforma que permite curtir, compartilhar, comprar e dar feedback para projetistas que pretendem vender suas criações. De acordo com Henrique Monnerat, fundador da rede, a proposta é democratizar o acesso ao trabalho de designers de todo o Brasil. Henrique Monnerat, e equipe do Designoteca é do Rio de Janeiro, encubada na COPPE/URFJ (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) "Temos página de curadores, botões de gosto e não gosto, um algoritmo que seleciona sugestões por estilo, perfil de usuário e uma série de serviços de interação como o botão 'eu compraria' nos produtos e projetos", disse. MuitoBafão.com.br Disponível via desktop para o público GLBT, a rede social Muito Bafão é voltada para eventos e festas em território nacional. A ideia é reunir pessoas próximas ou na mesma cidade, compartilhar encontros e até vender e comprar ingressos. "Funciona muito similar ao Eventos do Facebook. Porém, o usuário não precisa se expor em outras redes", disse Isabela Carvalho, fundadora da rede social. O site, que tem apenas uma semana, permite ainda consultar quem vai em cada evento, além de manter um perfil. Legenda: A turma da rede social GLBT Muito Bafão é de Itatjubá, Minas Gerais (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Get-Out.me A proposta da Get Out é fazer com que o usuário saia da sua rotina. A página da rede social sugere eventos com atividades diferenciadas propostas pelos inscritos na plataforma. Aceitando eventos pagos ou gratuitos, o serviço oferece um formulário para que o usuário cadastre as informações e fotos do seu desafio e, em cerca de 12h, recebe de volta uma página trabalhada pelo grupo e integrada na interface. Há seis meses no ar, a Get Out estreia novo visual nesta semana, conta Adonis Batista, fundador. Adonis Batista, fundador da GetOut.me (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) "Estamos na Campus Party em busca de novos usuários e embaixadores da rede social em outras cidades. Queremos crescer mais", explica. O melhor uso da rede é para convidar amigos e desconhecidos para curtir, de repente, o seu esporte favorito, um passeio mais distante ou alguma atividade radical. Yelp Velho conhecido de quem mora no exterior, o Yelp no Brasil ainda é uma startup. É o que conta Fernanda Secco, gestora da comunidade no Brasil. Segundo a jovem, apenas duas pessoas são responsáveis por divulgar a marca, crescer as comunidades e divulgá-las para novos usuários. Foi com esse objetivo que o rival do Foursquare veio para a Campus Party Brasil 2014 oferendo um "Photobooth" com acessórios divertidos na área pública. Fernanda Secco, gestora da Yelp no Brasil, afirma que a rede possui mais serviços que seu concorrente, o Foursquare (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) "O Yelp tem serviços diferentes do Foursquare, que apenas mostra locais como bares e restaurantes. Aqui, se a pessoa estiver procurando por um chaveiro, por exemplo, terá boas recomendações no serviço", argumenta. Stayfilm "Ainda somos uma startup", é o que diz Douglas Almeida, co-fundador da Stayfilm. A ferramenta que cria vídeos com fotos e gravações de outras redes sociais como Facebook, Instagram, Flickr e Vimeo, conta atualmente com cerca de 20 funcionários, fruto do investimento pesado que recebeu para dar o "start" nas suas ideias. Entretanto, ainda não cresceu o suficiente para dar lucro. "Trouxemos o Stayfilm para a Campus Party com o objetivo de mudar a maneira do campuseiro se comunicar. Ele publica um monte de fotos no Instagram, mas poderia fazer um filme, de forma muito fácil", conta. Stayfilm aproveitou a Campus Party 2014 para lançar novos estilos de edição (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Quem fizer filmes usando a ferramenta e usando as hashtags corretas, ganha brindes e pipoca no estante da Stayfilm. A startup aproveitou o momento para lançar um novo estilo "Arcade" para a edição dos filmes com foco no público gamer e geek. Lembrando jogos eletrônicos dos anos 80, a plataforma transforma a sequência de fotos em uma fase de videogame. Legenda: Douglas Almeida e Daniel Almeida, cofundadores do Stayfilm. NamoroFake.com.br Flavio Estevam não poupa sorrisos quando conta que sua startup vem dando certo. Com uma ideia curiosa, o fundador propõem aos usuários "alugar" uma falsa namorada, ou um falso namorado, para fazer ciúmes, impressionar os amigos, enganar a família e "causar" nas redes sociais. "Chegamos a outro nível e queremos fazer expansão internacional. A ideia agora é crescer no Japão e na China, com a rede RenRen", conta. NamoroFake.com.br propõe "aluguel" de namorados para causar nas redes sociais (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Funciona da seguinte forma, é preciso que as duas partes, contratante e namorada falsa tenham perfil no Facebook. Quem contrata pode escolher entre cinco planos, a partir de R$ 10. No mais simples "Ficante", a namorada fake faz apenas três posts no mural do contratante. Por R$ 100, ela muda o status de relacionamento na rede social para "namorando". Quem se candidata ao cargo ganha 50% do valor pago à rede social por post. Namoro Fake é uma ideia que veio de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. What The Hell A rede social móvel What The Hell tem uma proposta curiosa para quem está cansado de só "curtir e comentar". Segundo a fundadora Taty Werneck, há três outras formas de interação: participar, sugerir e adivinhar. Similar ao Instagram, o usuário pode clicar uma foto, escolher entre 12 filtros e publicar. Em participar, é possível escolher um tema de conversa, como sua melhor viagem, e ver posts semelhantes com a experiência dos amigos. Em sugerir, pode propor novas atividades e, em adivinhar, brincar com o mistério. "Sentimos que temos um produto legal e trouxemos para a Campus Party.
Não queremos reinventar a rede social, mas mudar a forma de interagir",
diz. A equipe da What The Hell quer mudar a forma de interagir nas redes sociais (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Colaborando é que se cresce Com olho nas redes colaborativas, duas outras startups chamam a atenção. É o caso da rede CabeNaMala.com.br e da We CrowdCasting. A primeira, fomenta uma rede de usuários com o objetivo de reunir pessoas de várias partes do mundo para trazer mimos e presentes de outros países nas suas próprias malas. A ideia é difundir a "entrega colaborativa", quem pede para que algo seja trago deve recompensar o viajante com algo de sua escolha. A dupla do Cabe na Mala é carioca, mas as meninas estão encubadas no Seed, em Minas Gerais (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) O comprador paga ao site o valor do produto e da recompensa, que repassa ao viajante "quebra galho" da vez. "Viemos para divulgar o Cabe na Mala e conquistar mais usuários", contam Marcela Kashiwagi e Ana Paula Lessa, sócias do site. Com o We CrowdCasting, a ideia é fornecer uma plataforma de jornalismo colaborativo para que todo veículo de mídia, grande ou pequeno, tenha uma rede de notícias feitas pelos leitores. Nela, os profissionais de mídia podem encontrar pautas e os usuários conseguem interagir mais rapidamente com acontecimentos próximos a eles antes que virem notícia em veículos online. O We CrowdCasting quer criar aplicativos colaborativos para iOS e Android (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) "Nosso primeiro cliente é o site Catraca Livre, com o aplicativo Repórter Catraca. Queremos ter outros projetos" diz o empreendedor Alexandre Passos. Startups também monitoram as redes Mas não é apenas a produção de conteúdo nas redes sociais que interessa aos fundadores de startups. A mineração dos dados é outra tendência marcante, facilmente observada ao caminhar pelos estandes da 'Campus'. É o caso das startups Zubit e Zah Pee. Ambas trabalham com o monitoramento de dados das redes sociais para que empresas e marcas possam acompanhar o que está sendo dito sobre elas na Internet, automatizando o trabalho do analista dando maior foco em inteligência. Segundo a fundadora da Zah Pee, Rachel Horta, o principal diferencial da sua ferramenta é monitorar sentimentos e auxiliar a separar o conteúdo. "Conseguimos analisar o que é lixo e o que não é. Uma empresa com nome muito comum pode ter sua marca citada várias vezes sem ter qualquer relação. Separamos esse lixo e ainda medimos 'sentimentos' em posts. Legenda: A Zah Pee é de Belo Horizonte e veio para Campus Party divulgar a marca. A Zah Pee é de Belo Horizonte e veio para Campus Party divulgar a marca (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Já a Zubit, conta que tem boa penetração no mercado. Monitora dados das principais redes como Facebook, Twitter, LinkedIn, YouTube e Google+ e veio ao evento em busca de crescer. "Queremos trabalhar com geolocalização, buscar investimento e conseguir novos clientes", conta Karyne Grosskopf, especialista em marketing da empresa, no estande. A Zubit, de São Paulo, está compilando dados de redes sociais sobre a Campus Party 2014 (Foto: TechTudo/Melissa Cruz) Qual a melhor atração da Campus Party 2014? Comente no Fórum do TechTudo. saiba mais Campus Party: palestra de como fazer bons vídeos vira debate sobre censura 'Todos acham que pagamento online é simples', alerta diretor do PayPal Privacidade na Campus Party: 'Só se movem quando acontece com elas'
Até o próximo Melhor do Planeta
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/01/cp2014-redes-sociais-marcam-presenca-no-startup-makers-camp-da-campus-party.html
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