Nintendo 3DS e Playstation Vita são as armas das duas gigantes japonesas para o acirrado mercado de videogames portáteis. Como principais dispositivos no mercado, os aparelhos dividem a preferência dos fãs, com games exclusivos e funções diferenciadas. Ainda não decidiu qual portátil comprar? Confira nossa comparação e faça sua escolha.
Versões
Já lançados há algum tempo, os portáteis contam com diferentes versões, com tamanhos e configurações diferentes.
O 3DS está disponível em três variações. O primeiro, Nintendo 3DS, foi lançado em 2011 e lembra o modelo DS Lite. O 3DS XL chegou em 2012 com telas 90% maiores do que da versão anterior e um cartão de memória de 4GB (o primeiro modelo acompanhava um de 2GB). Finalmente, o 2DS foi lançado no final de 2013 como uma versão de baixo custo do portátil, já que dispensa a funcionalidade 3D da tela.
O Vita conta com um total de três modelos, sendo as duas primeiras lançadas no final de 2011. Além do modelo mais básico, só com Wi-Fi, o portátil também tinha uma versão compatível com 3G, que terminou descontinuada. Recentemente o Vita recebeu uma versão Slim, com bateria de maior duração.
Preço
Como alternativas menores e mais leves aos consoles de mesa, os portáteis também saem mais barato do que os videogames comuns. As versões principais de ambos têm o preço fixado de US$ 199.99 lá fora, com games girando entre US$ 35 e 39.
No Brasil, o 2DS pode ser encontrado por pouco menos de R$ 400, enquanto a versão principal, o 3DS XL sai por mais ou menos R$ 550. Com um pouco de procura, ainda é possível encontrar a primeira versão, o Nintendo 3DS, por cerca de R$ 400.
O Vita sai um pouco mais caro. O portátil da Sony custa em média R$ 600 em suas duas versões. Na loja oficial da marca, o modelo mais básico sai por R$ 1.399. Ainda é necessário comprar o cartão de memória, vendido separadamente.
PS Vita Slim foi vendido em pacote com Borderlands 2 (Foto: Divulgação)Design/Conforto
Mais do que definir apenas o visual do portátil, o design também é fator decisivo para o conforto na hora de jogar, já que o próprio console, além de conter a tela, também acomoda os botões. Nesse ponto os dois aparelhos são especialmente diferentes.
O 3DS, seguindo o padrão dos portáteis da família DS, vem em um formato “flip”, onde estão escondidas duas telas, sendo a de baixo sensível ao toque. Dos lados ficam posicionados os botões, incluindo uma pequena alavanca analógica.
Apesar de já ser bastante conhecido, o formato não é o mais confortável, já que o peso da parte superior obriga o jogador a fazer um esforço desnecessário para mantê-la erguida.
Os botões são grandes e precisos, além de terem um bom espaço entre si. Os gatilhos L e R fazem um trabalho decente, mas aparentam ser um pouco moles em todas as versões do portátil. O analógico também passa longe de ser ideal, já que escorrega facilmente da ponta do polegar.
O visual dos aparelhos da Nintendo é simples discreto, especialmente nas cores mais escuras. Para aqueles que curtem algo mais berrante, é possível apelar para os portáteis vermelhos e azuis, além de algumas edições especiais.
O Vita conta com um design mais horizontal, exatamente como o do PSP. Com a grande tela de 5 polegadas em destaque, o console tem os botões posicionados nas laterais, criando uma pegada que lembra mais um controle tradicional.
O portátil não é levíssimo, mas em momento algum o peso chega a incomodar durante o uso. Os botões, apesar de bem feitos, são um pouco pequenos e juntos demais, causando constantes erros na hora de acioná-los.
Os gatilhos L e R, assim como os do 3DS, são grandes e muito soltos. Por vezes é complicado saber se o botão foi ou não pressionado, tamanha a falta de feedback.
O maior diferencial do portátil em relação ao rival é a presença de duas alavancas analógicas, que se assemelham bastante aos modelos vistos em controles comuns. Os controles são pequenos e um pouco soltos, mas bem superiores se comparadas ao direcional do 3DS.
O Vita ainda conta com um painel de toque, posicionado na parte traseira do console. O touchpad ainda não foi usado em muitos títulos de forma satisfatória, e parece um tanto inconveniente em alguns momentos, já que é muito comum acioná-lo sem intenção.
Sistema
Como era de se esperar, portáteis de última geração são equipados com um sistema de dedicado, que além de rodar games, permite que o usuário assista vídeos, instale aplicativos e até tire fotos.
No 3DS, o sistema formado por pequenos quadrados lembra o de um smartphone. Pela tela estão espalhados games, aplicativos, e opções do configurações, que podem ser acessadas tanto pelos botões quanto pela tela de toque.
A navegação é simples e bem ágil, mas perde um pouco da fluidez ao entrar ou sair de jogos, quando o sistema parece bastante pesado e travado. Até é possível realizar algumas ações enquanto os jogos rodam, mas as opções são extremamente limitadas, quase sempre obrigando o usuário a fechar o game.
O Vita usa sua peculiar interface separada por bolhas, onde fica jogos e aplicativos do portátil. Assim como no concorrente, tudo pode ser controlado pela tela ou botões. Os menus são coloridos, rápidos e bem animados, além da possibilidade de se personalizar papeis de parede e cores.
A diferença é maior fica no desempenho, já que o portátil da Sony é consideravelmente mais poderoso que o 3DS. A navegação por menus e execução de games e aplicativos é mais mais rápida e confortável. O mesmo serve para o multitarefa, que funciona muito melhor no Vita.
Jogos
Grandes responsáveis pela escolha dos usuários por um ou outro aparelho, os jogos já aparecem em boa quantidade nos dois portáteis. Ambos usam como mídia principal pequenos cartões de memória, e também oferecem games via distribuição digital.
No 3DS, o domínio é dos games exclusivos da Nintendo, que são em sua grande maioria bons jogos. Entre os principais nomes estão Pokémon X/Y, Super Mario 3D Land, Animal Crossing: New Leaf, Fire Emblem: Awakening, Mario Kart 7 e Bravely Default.
O portátil ainda conta com interessantes versões de alguns clássicos como Zelda: Ocarina of Time, considerado um dos maiores games de todos os tempos, Star Fox 64 e Donkey Kong Country: Returns.
De acordo com a tradição da empresa, o visual dos games tende a ser mais cartunesco e colorido. Apesar disso, o portátil conta com versões de diversos games multiplataforma, como Fifa, Batman Arkham, Zero Escape e Resident Evil. Pelo Virtual Console também é possível rodar alguns games clássicos, que podem ser encontrados no eShop.
O Vita, mesmo com um bom tempo de vida, é constantemente criticado pela falta de grandes títulos. Entre os mais bem cotados estão Tearaway, Killzone: Mercenary, Gravity Rush, Souls Sacrifice e Uncharted: Golden Abyss.
O avanço da tecnologia deixou pra trás as telas escuras e esverdeadas
da época do Game Boy. Ao invés disso, telas grandes, bonitas e
coloridas tomam conta da maior parte dos consoles, além de também
fazerem parte dos games, já que são sensíveis ao toque.
Se a falta de títulos exclusivos incomoda, a oferta de games presentes em plataformas como Xbox 360 e PS3 é enorme, passando por Call of Duty, Need for Speed, Fifa, Persona, Mortal Kombat e outras dezenas de franquias consagradas.
O portátil da Sony também chama a atenção pela forte presença de jogos indie, que são ofertados a bons preços na loja digital. Alguns ótimos exemplos são Limbo, Fez e Hotline Miami. Uma boa variedade de games de PSP e PSone também está disponível.
Bateria
Um dos aspectos mais importantes de um videogame portátil é a duração de sua bateria. Considerando que os aparelhos são usados preferencialmente por jogadores que sempre estão longe de casa, é interessante que os consoles não deixem o usuário na mão.
A primeira versão do 3DS recebeu algumas críticas em relação à duração da bateria, que nas configurações padrão raramente passava das três horas e meia de uso. A chegada do XL e sua bateria melhorada aumentou a duração em mais ou menos uma hora. O 2DS tem uma bateria parecida com a do 3DS XL.
O Vita com as configurações padrão chega a alcançar cinco horas de duração, dependendo do game jogado. A versão Slim, lançada recentemente, passa de seis horas funcionando, também influenciado pelo jogo rodando.
Telas
O avanço da tecnologia deixou pra trás as telas escuras e esverdeadas da época do Game Boy. Ao invés disso, telas grandes, bonitas e coloridas tomam conta da maior parte dos consoles, além de também fazerem parte dos games, já que são sensíveis ao toque.
O 3DS conta com duas telas, posicionadas na parte superior e inferior do console. Enquanto a tela de baixo é sensível ao toque, a superior produz imagens em 3D sem a necessidade de usar qualquer tipo de óculos ou equipamento adicional.
As imagens em terceira dimensão podem ser impressionantes, mas dão um certo trabalho, já que é necessário estar com o console perfeitamente alinhado aos olhos para conseguir o efeito, sob a pena de só enxergar alguns borrões. Para piorar jogadores que usam óculos tendem a experimentar dificuldades com o efeito, que se torna ainda mais impreciso.
Outro porém é que nem todos os games fazem bom uso do efeito, sem contar os que perdem desempenho com a função ligada. O 2DS foi lançado sem sequer suporte à função.
As telas são grandes e vibrantes, mas não é difícil reparar na falta de brilho e resolução, especialmente em games com visuais mais realistas, como Fifa e Resident Evil. O touch ultrapassado também praticamente obriga o usuário a usar a incomoda caneta stylus, armazenada na parte de trás do aparelho.
No Vita, a grande tela é uma das principais armas do console na disputa contra o maior rival. Com alta resolução para o seu tamanho e brilho e contraste de muita qualidade, é difícil não se impressionar com as imagens exibidas, em especial de games mais bonitos como Uncharted: Golden Abyss, Need For Speed e Killzone: Mercenary.
O sensor de toque é muito preciso e dispensa o uso de canetas ou qualquer outro periférico. É prazeroso navegar com leves toques por menus, redes sociais e websites pela grande tela.
Câmeras
Antes de mais nada, é importante ressaltar que estamos falando de duas péssimas câmeras, mesmo quando comparadas aos sensores de smartphones mais simples do mercado. Se você considera, por algum motivo, comprar um dos portáteis para tirar algumas fotos com os amigos, esqueça. É melhor ir atrás de um smartphone com uma boa câmera, que não deverá custar tão caro.
No 3DS, apesar da promessa de fotos em 3D e efeitos maravilhosos, a qualidade do sensor é tão precária, que é praticamente impossível conseguir uma foto minimamente decente (Veja acima). As imagens tendem a ser muito escuras, borradas e tremidas, mesmo que tiradas com cuidado cirúrgico.
No Vita a história não chega a ser diferente. Apesar de um pouco menos medíocre, a câmera também passará longe de retratar com dignidade uma reunião de amigos sem muito ruído e pouca iluminação.
O portátil da Sony ainda conta com uma câmera frontal que pode ser útil para conferências rápidas no Skype, mas nunca (mesmo) para uma selfie.
Conclusão
Apesar das enormes diferenças entre os dois sistemas, é inegável que ambos possuem ótimos jogos, além das outras diversas utilidades, como reprodução de arquivos multimídia, redes sociais e aplicativos. O que mais vale na hora da escolha é considerar os pontos levantados e ver quais são mais interessantes para você.
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Até o próximo Melhor do Planeta
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/05/3ds-x-ps-vita-veja-comparacao-entre-os-portateis-da-nintendo-e-sony.html
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