Há quase exatamente dois anos o conceituadíssimo Grupo Gartner previa que quase 85% das televisões de tela plana fabricadas em 2016 serão “inteligentes”. Agora, o mesmo Grupo Gartner prevê que no ano seguinte, 2017, a transmissão de vídeo ao vivo pelos usuários será um evento tão corriqueiro que os vídeos pessoais ocuparão o lugar dos autorretratos, os populares “selfies”.
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O grupo Gartner, penso eu, dispensa apresentações. Em todo o caso, se você não o conhece, pode descobrir na página About Gartner que se trata de uma “empresa de consultoria, líder mundial em pesquisas sobre tecnologia da informação”, uma empresa capaz de fornecer aos clientes toda a informação necessária para tomar corretamente suas decisões. Foi fundada em 1979, tem sede em Connecticut, EUA, e tem em seu corpo de colaboradores mais de 1.500 analistas de pesquisas. Em suma: é uma das fontes de informação mais rica e fidedigna no campo da tecnologia da informação.
Já “TV inteligente” todo mundo sabe o que é.
Ou não?
Bem, depende.
Pergunte por aí e provavelmente quem tem alguma ideia do assunto responderá que “é uma televisão conectada à Internet”.
O que, de fato, não deixa de ser verdade. Por outro lado, talvez exprima uma visão demasiadamente limitada do que efetivamente vem a ser uma TV Inteligente.
Já a Wikipedia afirma que é uma televisão com a Internet integrada e funcionalidades de “Web 2.0”, um exemplo de convergência tecnológica entre computadores e televisores. O que também é verdade.
O Grupo Gartner, por sua vez, na primeira das pesquisas citadas, define a típica Televisão Inteligente (“Smart TV”) como “uma TV que tem a habilidade de usar uma conexão de alta taxa (banda larga) para efetuar buscas na Internet por conteúdos em vídeo e exibir o conteúdo encontrado”, o que já é um pouco mais específico, mas ainda deixa muita margem para diferenças substanciais.
Então, antes de voltar a discutir as implicações dos relatórios Gartner, vamos reservar alguns minutos para examinar estas diferenças.
Para começar, uma TV Inteligente, mesmo conectada à Internet, não a usa com a liberdade oferecida por um computador. Seu dono somente pode usar os aplicativos, ou “apps”, fornecidos com ela ou adquiridos na “loja” de seu fabricante ou associado.
O número e tipo destes aplicativos variam muito conforme a marca e o modelo da TV. O Skype, por exemplo, é bastante comum, o YouTube é quase obrigatório, assim como o Picasa. Quase todas oferecem acesso ao Netflix, um serviço que põe à disposição do usuário uma enorme coleção de filmes, documentários e quase todo tipo de vídeo mediante um módico pagamento mensal. Algumas dispõem de um número limitado de jogos e quase todas permitem acesso às principais redes sociais, como Twitter, Facebook Etc. Outras dão acesso a sítios de notícias e a edições de jornais ou revistas que podem ser lidos facilmente na tela de alta definição.
Alguns modelos oferecem um programa navegador, o que amplia bastante a possibilidade de explorar os sítios da rede. O problema é que, se você pretende usar sua TV Inteligente para gerenciar seu correio eletrônico refestelado na poltrona da sala ou adicionar comentários a postagens das redes sociais, vai ter que digitar alguma coisa. Até mesmo para visitar o sítio desejado terá que digitar seu URL na barra de endereços do navegador. E digitar usando a combinação de controle remoto e teclado virtual exibido na tela é uma tortura. Se é esta sua intenção, o ideal é uma TV que seja fornecida com mouse e teclado ou que permita a conexão a teclado e mouse sem fio de computador.
Até o próximo Melhor do Planeta
Fonte: http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2014/12/as-tvs-inteligentes-dominarao-o-mercado.html
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