A conclusão é de um estudo do governo inglês, que analisou o comportamento das pessoas na internet e relacionou com seus hábitos de consumo. Segundo a pesquisa (PDF), os 20% que mais fazem downloads piratas são também os que mais gastam dinheiro com “conteúdo” (música, cinema e TV), em média R$ 522 por trimestre. Já as demais pessoas, que baixam coisas ilegalmente de vez em quando, gastam R$ 326 nesse mesmo período. E quem não baixa nada pirata, veja só, é quem menos gasta com conteúdo: R$ 295 por trimestre.
Esses resultados não legitimam a pirataria, claro, nem podem ser transpostos diretamente à realidade brasileira. Mas sugerem que existe, sim, uma correlação positiva entre a prática de downloads ilegais e a aquisição legal de conteúdo. A pirataria ocasional parece fazer pouco efeito sobre o gasto legal -e, curiosamente, a pirataria intensa parece intensificá-lo.
Ninguém sabe porque isso acontece. Talvez o download pirata amplie o acesso à cultura – e, a partir daí, acabe fazendo com que a pessoa compre mais dela. Ou talvez a pirataria seja mais comum entre as classes de renda mais alta, que baixam mais porque têm conexões de internet mais rápidas -e adquirem mais conteúdo pago simplesmente porque seu poder aquisitivo é maior. É uma discussão interessante.
Até o próximo Melhor do Planeta
Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/rebit/adeptos-de-download-pirata-gastam-200-mais-dinheiro-em-conteudo/
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