Apple e Google anunciaram os novos iPhone 5S e Nexus 7 2013 com um destaque em comum: a utilização de gráficos em OpenGL 3.0 ES. A nova tecnologia promete revolucionar a aparência dos jogos para smartphones e tablets. Para te ajudar entender, o TechTudo preparou um especial com as principais informações sobre o novo OpenGL 3.0 ES.
Asphalt 8 é um dos jogos com a nova API gráfica (Foto: Reprodução / Dario Coutinho)
O que é o OpenGL ES?
OpenGL ES é a API (Application Programming Interface) responsável pelo sucesso dos jogos em 3D dos smartphones. Antes dela, os gráficos para dispositivos móveis não tinham nenhum tratamento de pós-processamento, já que não havia capacidades para isso. Para efeitos de comparação, os games de smartphones ficavam parecidos com os dos primeiros títulos do Playstation One.
Graças a OpenGL ES e aos processadores mais potentes, os jogos de smartphones começaram a ter efeitos de luz, sombra, reflexos, anti-aliasing (diminuição de serrilhados), texturas maiores e muitos outros. O suporte à nova API permitiu também o uso de aplicativos gráficos pesados como editores de vídeo.
Essa verdadeira revolução para os jogos de smartphones, aconteceu principalmente com o lançamento da primeira geração de iPhones em 2007 e a criação da App Store em 2008. Veja um comparativo das versões de Asphalt para N-Gage (à esquerda), lançado em 2003 pela Nokia, e para iOS (à direita):
Antes do OpenGL ES, não havia possibilidade de efeitos de luz, sombra e muitos outros (Foto: Montagem / Dario Coutinho)
Em apresentações recentes, tanto Google como Apple fizeram questão de demonstrar o suporte à OpenGL 3.0 ES. O Google saiu na frente, anunciando o uso da API no Android 4.3, usando como exemplo Asphalt 8: Airborne. Poucos meses depois, foi a vez de a Apple anunciar que o iPhone 5S teria suporte a tecnologia. Na oportunidade, foi anunciado o Infinity Blade III.
O que há de novo no OpenGL 3.0 ES?
A API OpenGL 3.0 ES traz uma série de melhorias em relação a anterior. Dentre elas, está um novo recurso chamado occlusion queries, que ajuda a liberar a GPU através do cálculo de objetos obstruídos por outros e evita processamento desnecessário.
Outra novidade é a compressão de texturas no formato ETC2 / EAC. Anteriormente, na OpenGL 2.0 ES não havia um padrão consolidado e os desenvolvedores tinham que gerar texturas para vários tipos de GPUs, como Adreno, PowerVR, Mali e outras. Agora, haverá a possibilidade de reduzir o esforço dos programadores e aumentar a compatibilidade dos jogos, algo a ser bastante comemorado no Android.
A nova versão da linguagem GL SL (Shader Language) terá suporte total para operações de números inteiros e de pontos flutuantes para até 32 bits, algo essencial para efeitos de iluminação. Esse avanço torna o OpenGL ES ainda mais próximo da versão para desktops, usada por placas gráficas da Nvidia e AMD, por exemplo.
Nas GPUs com suporte a OpenGL 3.0 ES, jogadores poderão perceber jogos muito mais realistas, graças ao suporte a múltiplos tipos de textura: de ponto flutuante, de profundidade Vertex, LOD, NPOT e muitas outras. A nova API permitirá também o uso de filtros MSAA, o que diminui drasticamente os serrilhados dos jogos e multiplica o poder de renderização, permitindo a GPU renderizar até quatro texturas de uma única vez.
Até o próximo Melhor do Planeta
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/09/opengl-30-es-saiba-as-novidades-da-api-grafica-para-android-e-ios.html
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