A Pesquisa Game Brasil 2015, divulgada na Campus Party 8, no Palco
Marte, mostra que a plataforma mais popular atualmente é o smartphone, nas mãos de
82% dos jogadores entrevistados. Outro dado importante no estudo, realizado pela Sioux e pela Blend New Research e que ouviu brasileiros nos 25 estados e no Distrito Federal, é que o público feminino segue crescendo e já beira os 50% da comunidade.
Acompanhe a cobertura completa da Campus Party 2015
A Microsoft lidera na preferência dos brasileiros com o
Xbox 360, o mais popular entre os consoles, superando o PlayStation e o
PlayStation 3, da Sony. O velho Wii, da Nintendo, segue esquecido e
decadente na lista de desejo dos gamers no país.
Smartphones, jogando com a mobilidade
Embora
os smartphones apareçam como plataforma mais popular, o gamer
brasileiro ainda é visto com um perfil multiplataforma. Com celulares
alcançando 82,8% da amostra, os dispositivos móveis ultrapassam
computadores e notebooks, que eram liderança em 2013, com 71,3%, e
consoles, com 56,2%. Outro recorte a ser feito é dos tablets, que
aparecem na resposta de 37,4% dos jogadores, sete pontos percentuais a
mais que no ano anterior. Fica evidente que mobilidade é um fator
determinante para muitos.
Com o público gamer ficando mais velho,
em idade economicamente ativa, e abrangendo adultos de várias faixas de
idade, um novo fator fica evidente nas pesquisas: 86,2% do uso de jogos
acontece em deslocamentos, o que explica a preferência por
plataformas móveis como smartphones e tablets.
No mundo dos
celulares, os aplicativos mais baixados são jogos (78,1%), seguidos
por outras formas de entretenimento (58%), fotografia (45,8%) e
comunicação (45,1%). Ainda de acordo com a pesquisa, a frequência com
que se baixa jogos semanalmente é de 33,5%. Nos tablets, 91,2% tem o
costume de baixar jogos, 38,4% todas as semanas. As notícias, porém, não
são tão boas para a indústria. Dos “jogadores de celular”, 75% consomem
apenas jogos gratuitos, gerando um desafio para desenvolvedores.
“O
mercado mobile se consolida como a maior plataforma de jogos, porém a
barreira da compra continua sendo o maior desafio para quem desenvolve,
uma vez que 75% das pessoas só faz download gratuitos” – afirma
Guilherme Camargo, CEO da Sioux.
Quem paga por jogos móveis?
Apenas 21% afirmou baixar algum item ou game pago. O principal motivo
apontado por 57,3% dos entrevistados é de que “sempre existem outras
opções gratuitas”. A maioria, porém, aceita jogos grátis com anúncios
(66,4%), mas apenas 35,6% deles acham que a publicidade inserida no jogo
não atrapalha a performance. O Android continua sendo o mais popular
entre os games com 75,2%, seguido do iOS (iPhone) com 11,1%. O Windows
Phone (Microsoft) fica com 7%. Sobre marcas, empate técnico: 33,6%
prefere a Apple, e 33,2% a Samsung. Nos tablets, o Android é líder com
78,8%, contra 16,4% do iOS. Questionados sobre marca, reina o iPad, com
51,4%, e Galaxys, com 35,7%.
Smart TVs e os games fora do console
Mas
que acha que os games estão restritos aos smartphones, PCs e consoles
está enganado. Com aparelhos smart e a Internet das Coisas, a tendência
desse cenário é de se fragmentar ainda mais. Em 2015, houve expansão das
Smart TVs. Os televisores conectados e inteligentes, capazes de rodar
aplicativos e jogos, aparecem na pesquisa com algum impacto. “A novidade
ficou por conta da expansão das Smart TVs que já aparecem também como
uma plataforma para jogos com 6,1%”, afirma Lucas, da Blend Research
International.
Mulheres, faixa etária; quem joga no Brasil?
Foco
de preconceito e julgamento por parte do público gamer, as mulheres
seguem se posicionando como fortes consumidoras de jogos no Brasil. Na
pesquisa anterior, o público feminino representava 41% dos gamers no
país. Hoje, de acordo com a segunda fase da pesquisa, essa fatia cresceu
para 47,1%, permeando todas as plataformas. A faixa etária mais
representativa é de 25 a 34 anos (41,1%).
Entre homens e
mulheres, menos de 10% se considera “gamer de verdade". A baixa autoestima diz respeito ao
jogo casual, sem compromisso. “Apesar de toda a popularidade da
categoria games em ambos sexos e idade, apenas 9,3% se consideram
'gamers de verdade' uma vez que a grande maioria joga como uma forma de
entretenimento casual”, reforça Guilherme Camargo, da Sioux.
Meu pai, minha mãe, meu player 2
Entre
os entrevistados que tinham filhos, 90,6% afirmaram jogar. Quando esses dividem o mesmo dispositivo ou jogo, 82,1% tem o costume de jogar
simultaneamente. A diversão em família revela aque nenhum dos pais e
mães entrevistados se opões ao fato dos filhos jogarem videogame em
qualquer idade.
“Os gamers dos anos 80 já constituem família e a
cultura de jogos eletrônicos entra de maneira natural em seus filhos,
sem o medo ou preconceito da geração dos seus pais”, conclui Guilherme
Camargo.
Qual é a melhor atração da Campus Party 2015? Comente no Fórum do TechTudo.
A maioria, 71,2%, aprovam que seus filhos
usem videogames, mas optam por ficar por perto e fazer algumas
ressalvas. Dos pais, 61,8% controla o que está sendo baixado ou jogado,
48,9% controla o tempo de duração de partidas e 35,1% o horário da diversão. Um
terceiro fator, sobre com quem estão jogando, preocupa 22% dos pais.
Outros 14,4% dos pais entrevistados afirmaram não fazer qualquer tipo de
controle da atividade.
Old school? Xbox Live e PSN perdem para o varejo
Como
novidade, este ano a pesquisa mergulhou nos mundo dos consoles e trouxe
dados animados para o Xbox. A versão Xbox 360 é a mais popular (42,9%),
superando a dupla Playstation 2 (38,9%) e PlayStation 3 (30,3%). Entre
os consoles da oitava geração de videogames, lidera o PlayStation 4
(10,4%), seguido do Xbox One (7%) e Wii U (2,2%).
Entre os consumidores,
63,9% comprou no varejo oficial, seguido de 17,2% em mercados
paralelos de usados e sites de leilões e 14% em viagens
internacionais. A maioria prefere as lojas oficiais por causa da
garantia (71,2%) e parcelamentos (14,4%). Entre os que compram fora do
país, 98% é motivado pelo preço, e 2% pela disponibilidade imediata em
lançamentos.
Até o próximo Melhor do Planeta
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/02/censo-de-games-no-brasil.html
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